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27/Nov/2023

Futuros de soja recuam com fracas vendas dos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (24/11). Os contratos de soja caíram com o recuo das vendas semanais dos Estados Unidos, muito em função do feriado de Ação de Graças no dia 23 de novembro, e diante da previsão de chuva no Centro-Norte do Brasil, região que passa por estresse hídrico. O vencimento janeiro da oleaginosa caiu 25,75 cents (1,90%), e fechou a US$ 13,30 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram vendas de 961,3 mil toneladas de soja da safra 2023/2024 na semana encerrada em 16 de novembro. O volume representa queda de 75% ante a semana anterior e de 47% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para o ano comercial 2024/2025, as vendas foram de 9 mil toneladas. O total vendido foi de 970,3 mil toneladas.

A China foi o principal comprador, com 757,4 mil toneladas. Segundo a StoneX, o país asiático foi o principal comprador da soja norte-americana na semana encerrada em 16 de novembro e, dos 27,8 milhões de bushels líquidos, 16,4 milhões estavam anteriormente direcionados a destinos não revelados. O ritmo acelerado de semeadura na Argentina contribui para a tendência baixista da Bolsa de Chicago. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que lavouras já foram implantadas em 34,8% dos 17,3 milhões de hectares previstos para a safra, avanço de 17,4% em uma semana e 15,7 pontos porcentuais à frente da temporada passada. Em contrapartida, a notícia de duas vendas avulsas da oleaginosa podem limitar as perdas. Exportadores dos Estados Unidos relataram que venderam 452,4 mil toneladas de soja do ano comercial 2023/2024, sendo 323,4 mil toneladas para destinos não revelados e 129 mil toneladas para a China.

No Brasil, a consultoria Datagro Grãos revisou para baixo sua estimativa de produção de soja na safra 2023/2024 para 156,573 milhões de toneladas, 4,4% menos que o esperado no levantamento anterior, de outubro, de 163,719 milhões de toneladas. O principal motivo para a redução é o clima irregular para o plantio, que também levou a uma diminuição na produtividade média esperada, de 3.581 quilos por hectare apontados em outubro para 3.451 quilos por hectare neste levantamento, 2,0% inferior à safra 2022/2023, de 3.522 quilos por hectare. Apesar disso, as perdas podem ser limitadas pelos dados de vendas dos Estados Unidos, que superaram as estimativas dos analistas. Exportadores do país relataram vendas de 1,43 milhão de toneladas da safra 2023/2024. O volume representa baixa de 21% ante a semana anterior, mas avanço de 16% em relação à média das quatro semanas anteriores.