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20/Nov/2023

Futuros em baixa com clima mais úmido no Brasil

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (17/11). O mercado foi novamente pressionado pela perspectiva de chuvas mais intensas na Região Centro-Oeste do Brasil nesta semana. No entanto, a precipitação é vista como um interlúdio e não uma mudança de padrão. O volume de chuvas no mês que vem será crucial para determinar a condição da safra. O tempo mais seco na Região Centro-Oeste e o excesso de chuvas na Região Sul do País vêm afetando o plantio e o desenvolvimento inicial das lavouras.

O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 20,00 cents (1,47%), e fechou a US$ 13,40 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 0,54%. O desempenho do farelo de soja, que caiu quase 3%, também pressionou as cotações do grão. O derivado, por sua vez, foi influenciado por uma maior estimativa de área plantada na Argentina, o principal exportador mundial de farelo. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires aumentou sua projeção de área em 200 mil hectares, para 17,3 milhões de hectares. O ajuste foi motivado pela migração de parte da área de girassol e de milho precoce.

O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pesou sobre os contratos. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deverá embarcar entre 4,8 milhões e 5,413 milhões de toneladas em novembro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (USDA). As perdas foram limitadas pelo avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que recuou 0,73%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.