ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

17/Nov/2023

ADM investe no seu terminal no Porto de Santos/SP

A multinacional Archer Daniels Midland (ADM) se prepara para alcançar o recorde de 8 milhões de toneladas em cargas movimentadas neste ano em seu terminal de grãos no Porto de Santos (SP). O desempenho é consequência de uma série de melhorias, que têm gerado resultados operacionais e benefícios ambientais. A companhia investiu mais de US$ 140 milhões na operação de meados de 2015 até 2020, principalmente na troca de equipamentos que permitissem retirar o pó gerado pelas commodities no processo portuário até o navio. Com o aporte, a eficiência do terminal do Porto de Santos também aumentou, levando a uma expectativa de avanço de quase 30% na movimentação de cargas deste ano em relação a 2022, quando a empresa alcançou 6,16 milhões de toneladas. A projeção para o volume de 2023 é o maior patamar em uma série histórica desde 2015 e considera a movimentação de soja, milho e farelo de soja.

O grande diferencial desse terminal foi o investimento no enclausuramento das esteiras por onde os produtos passam desde que chegam por caminhões ou ferrovias. A carga que é transportada dentro da ADM não fica em contato com a atmosfera. As esteiras ficam totalmente enclausuradas, como os armazéns também são. Você não vê pó na operação da ADM. Para que isso acontecesse, foi preciso trocar basicamente todas as esteiras e elevadores de carga. Não estão dispensados os usos de equipamentos de proteção, como máscara e óculos no terminal, mas, de fato, é perceptível que o volume de pó proveniente dos grãos que passam pelos processos logísticos não é alto. Cuidar da poeira que normalmente seria gerada pode parecer algo simples, mas não é. As novas esteiras e máquinas implantadas pela ADM têm coberturas que fazem com que o pó não se espalhe, evitando a poluição do ar e impactos negativos à saúde da população de Santos.

Além da poluir o ar, o pó dos grãos também é um dos fatores que elevam o risco de explosões em armazéns. O controle dessas emissões de partículas ainda ajuda a diminuir a possibilidade desse tipo de acidente. Isso serviu de modelo para o mercado na construção de outros terminais. Os demais terminais do Porto de Santos estão em processo de “enclausuramento”. A Cofco teve seu terminal licitado e vai ser construído, terá também que seguir o modelo posto dentro da ADM. Essa estratégia se tornou um consenso no setor. No terminal da companhia, os caminhões que trazem a carga por rodovia vão direto para um espaço onde são engatados a um tombador. É um elevador gigante que suspende o caminhão pela parte dianteira, fazendo com que os grãos caiam em uma moega que dá acesso às esteiras. Estas, por sua vez, levam a carga até os armazéns. No caso do transporte ferroviário, ao entrar no terminal, os vagões são puxados por um tracionador, até que chegam ao local da moega.

Uma vez posicionados, os vagões se abrem pela parte de baixo e a carga cai em uma estrutura subterrânea que também dá acesso à armazenagem. Quando sai do armazém, a carga é levada a outras esteiras transportadoras onde passa por todo um sistema de elevação e é colocada nos ‘ship loaders’ que depositam essas cargas nos navios. Os navios recebidos pelo terminal da ADM têm capacidade entre 70 mil e 72 mil toneladas. Duas linhas de exportação (esteiras) movimentam 4 mil toneladas por hora. A multinacional tem três armazéns, que somam capacidade total de 194 mil toneladas. O Porto de Santos movimenta cerca de 133 milhões de toneladas em cargas por ano. São 65 cais de carga e descarga, 15 metros de profundidade de navegação. Com essa estrutura, o porto transporta cerca de 25% dos produtos que integram a balança comercial brasileira. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.