14/Nov/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (13/11). Os ganhos foram sustentados pelo clima ainda desfavorável nas principais regiões de cultivo do Brasil, o que pode trazer riscos para o desenvolvimento inicial das lavouras. O vencimento janeiro da oleaginosa avançou 35,00 cents (2,60%), e fechou a US$ 13,82 por bushel. O plantio da safra de soja 2023/2024 alcançou 61% da área estimada para o Brasil até o dia 9 de novembro, em comparação com 51% uma semana antes e 69% em igual período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural. O percentual alcançado na semana manteve o plantio da safra 2023/2024 como o mais baixo desde a temporada 2020/2021.

Com a manutenção da irregularidade das chuvas em Mato Grosso, a ausência de volumes significativos nas previsões para o Estado e uma nova onda de calor, a AgRural antecipou sua revisão de safra, que estava marcada para o início de dezembro, e cortou a expectativa de produção de Mato Grosso em 1,1 milhão de toneladas. Com o ajuste, a produção do Brasil caiu de 164,6 milhões de toneladas estimadas no fim de outubro para 163,5 milhões de toneladas. O desempenho do farelo de soja, que avançou mais de 4%, também deu suporte às cotações da oleaginosa. O desempenho do derivado pode ter refletido compras realizadas por fundos, diante do clima desfavorável no Brasil e da oferta apertada nos Estados Unidos.

A boa demanda da China por soja norte-americana foi outro fator altista para os preços. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram venda de 204 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega no ano comercial 2023/2024. Na semana passada, tinham sido relatadas vendas avulsas de soja para a China totalizando cerca de 1,7 milhão de toneladas. O USDA também informou que 1,67 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos dos Estados Unidos na semana até 9 de novembro, queda de 23,66% ante a semana anterior.