10/Nov/2023

Segundo o Rabobank, o Brasil deve colher o recorde de 163 milhões de toneladas de soja na safra 2023/2024. Este volume representa 4,49% em relação aos 156 milhões de toneladas colhidas em 2022/2023. O plantio deve alcançar 45,4 milhões de hectares, área 2,48% maior em relação aos 44,3 milhões de hectares semeados em 2022/2023. Se confirmada a safra recorde, os preços em 2024 serão pressionados. Isso mesmo considerando-se o aumento do consumo interno de óleo de soja, com o aumento da mistura do biodiesel ao diesel de 12% para 13% (do B12 para o B13).

O esmagamento de soja no Brasil deve ficar estável, em 54 milhões de toneladas, em 2023/2024, e as exportações devem subir de 99 milhões de toneladas para 100 milhões de toneladas, ou 1,01% em 2023/2024. Apesar da manutenção dos níveis de esmagamento, as margens deverão enfrentar um cenário mais desafiador ao dos últimos três anos, devido à competição com o farelo de soja da Argentina, que vai retomar a produção em 2023/2024. Se confirmada a safra de 50 milhões de toneladas de soja na Argentina em 2023/2024, o Brasil deverá exportar menos farelo. A safra norte-americana de soja deve alcançar 111,7 milhões de toneladas, redução de 4 milhões de toneladas quando comparada com a safra anterior.

Apesar de uma leve redução esperada para a demanda da China, em razão de uma leve queda do rebanho chinês, o Brasil deverá apresentar um leve incremento em suas exportações e deverá exportar 100 milhões de toneladas de soja em 2024, por sua competitividade frente a seus competidores. Quanto ao plantio da oleaginosa, que está em andamento no País e tem enfrentado adversidades climáticas, com seca em algumas regiões e excesso de chuva em outras, o momento crucial para a soja será entre dezembro e fevereiro, que é a fase de enchimento de grãos. É o momento em que a soja precisa de mais água. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.