09/Nov/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quarta-feira (08/11), refletindo a melhora da demanda chinesa pelo grão dos Estados Unidos. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram vendas de 909,5 mil toneladas de soja, sendo 433 mil toneladas para o país asiático e 476,5 mil toneladas para destinos não revelados. Nos dois primeiros dias desta semana, já tinham sido relatadas vendas de soja para a China totalizando 236 mil toneladas. O vencimento janeiro da oleaginosa ganhou 3,75 cents (0,28%), e fechou a US$ 13,65 por bushel.

A China realizou, na terça-feira (07/11), a maior compra de soja dos Estados Unidos em um único dia em pelo menos três meses. Foram compradas cerca de 600 mil toneladas para embarque entre dezembro e março no Golfo e no Noroeste Pacífico. O mercado também monitora o clima no Brasil, que tem sido desfavorável tanto na Região Centro-Oeste quanto na Região Sul. A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) afirmou que a colheita de soja com certeza será menor que a do ano passado. A StoneX afirmou que os produtores das regiões norte e noroeste de Mato Grosso são os que mais enfrentam problemas por falta de chuvas.

Entre 3% e 4% da soja já semeada terá que ser replantada no noroeste do Estado, onde os produtores arriscaram mais. Hoje, os produtores do norte do Estado têm tocado o plantio à medida que recebem chuvas. Apesar de atrasada, a semeadura da soja já alcançou 88% da área prevista em Mato Grosso. Os ganhos foram limitados pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 4,8 milhões e 5,498 milhões de toneladas em novembro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).