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07/Nov/2023

Mercosul: estimativa da safra de soja 2023/2024

De acordo com a consultoria Céleres, o Mercosul poderá aumentar a oferta global de soja em 32 milhões de toneladas no ciclo 2023/2024. O aumento da oferta poderá se refletir negativamente na formação dos preços da oleaginosa em dólar. A definição dos patamares de preços no início de 2024 dependerá do desenvolvimento da safra na América do Sul e o mercado mundial olhará a região como um todo. Mesmo com uma eventual quebra produtiva no Brasil, os preços de referência em bolsa de futuros poderão não reagir de forma intensa, ficando a cargo dos prêmios e dólar variações positivas relevantes para o mercado interno no início de 2024. A safra 2022/2023 registrou graves perdas de produtividade e área plantada na Argentina, o que deu suporte para os altos preços internacionais até meados de março de 2023. Já nesta safra, os recentes problemas climáticos nos Estados Unidos levaram à discussão sobre uma possível retomada de preços, mas a conjuntura global de oferta no Mercosul mostra ser improvável.

Em relação ao Brasil, a redução da oferta nacional teria de ser relevante para compensar o aumento produtivo no restante da região e influenciar de forma relevante os preços globais. Para o ciclo 2023/2024, o Mercosul deve ter uma oferta de 245,2 milhões de toneladas (produção e estoque), o que representa aumento de 14,79% em relação à safra anterior, que foi de 213,6 milhões de toneladas, quando a participação do bloco na produção mundial era de 53%. Agora, o Mercosul pode representar oferta de 58% de toda a soja do mundo. O Mercosul também responde por cerca de 63,1% de toda exportação do grão. A expectativa é de que essa participação continue a aumentar graças ao crescimento médio de cerca de 6,3% da produção do Brasil nos últimos 23 anos. A produção do bloco será de 232,4 milhões de toneladas nesta safra. Em 2022/2023, a produção do Mercosul foi de 194,8 milhões de toneladas.

A safra 2023/2024 deverá demandar 228,7 milhões de toneladas. Em 2022/2023, o bloco demandou 204,6 milhões de toneladas. A área plantada deve ser de 69 milhões de hectares, enquanto em 2022/2023 foi de 66,7 milhões de hectares. A conjuntura de preços e margens ainda garantem crescimento na área plantada no Brasil, da ordem de 1,2 milhão de hectares em 2023/2024. Em condições normais de produtividade, haveria oferta de 8 milhões de hectares a mais no próximo ano. O fenômeno climático El Niño favorece o regime de chuvas na porção Sul da América Sul. Isso deve levar países como Argentina, Paraguai e Uruguai, além da Região Sul do Brasil, a terem produtividades otimistas. Na Argentina, entretanto, o crescimento de área será mais contido, mas a recuperação de produtividade pode levar a uma oferta de 50 milhões de hectares em relação à safra anterior, um acréscimo de 26 milhões de hectares. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.