06/Nov/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta na sexta-feira (03/11). Os ganhos foram sustentados em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O vencimento janeiro;2024 da oleaginosa subiu 23,50 cents (1,77%), para US$ 13,51 por bushel. O mercado também foi impulsionado pelo clima desfavorável no Brasil.

O excesso de chuvas no Sul do País e o tempo mais seco no Centro-Oeste atrapalham o avanço do plantio e colocam em risco o desenvolvimento inicial das lavouras. Com a colheita quase concluída na maior parte dos EUA, as preocupações com o clima na América do Sul e a perspectiva de alguma melhora da demanda chinesa são alguns dos motivos para o interesse de traders em posições compradas em soja. O desempenho do farelo, que subiu mais de 3,5%, também deu suporte às cotações da oleaginosa.

O USDA informou na sexta-feira (03/11) que exportadores do país relataram venda de 131,1 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2023/2024. Na quinta-feira passada, o USDA disse que exportadores venderam 1,01 milhão de toneladas de soja da safra 2023/2024 na semana encerrada em 26 de outubro, sendo 976,8 mil toneladas para a China. O volume total representa queda de 27% ante a semana anterior e de 13% em relação à média das quatro semanas anteriores.