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06/Nov/2023

CNA defende manutenção do teor de umidade da soja

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defende a manutenção do teor de umidade da soja em 14% no novo padrão oficial de classificação do grão brasileiro. A especificação está em discussão e faz parte do novo texto do Regulamento Técnico da Soja, responsável por definir critérios de classificação da oleaginosa nos requisitos de identidade e qualidade, amostragem, modo de apresentação e marcação ou rotulagem do grão. Desde segunda (30), o assunto é debatido em audiência pública do Ministério da Agricultura e Pecuária, informa a CNA. Conforme a CNA, na nova versão do regulamento, o Ministério da Agricultura defende mudança, de 14% para 13%, do teor de umidade para o grão da soja, ponto que causou discordância das entidades representativas dos produtores rurais.

A CNA se retirou da reunião na quarta porque os produtores não concordam com a redução da umidade de 14% para 13%. Não vão aceitar essa alteração, pois o primeiro a ser descontado será o produtor e não podem absorver esse prejuízo. O presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli, explicou que o Brasil já adota o padrão de 14% da umidade desde o início do plantio de soja no Brasil e alterar esse teor causa impacto no peso dos grãos e, consequentemente, reduz a renda dos produtores, além de exigir adaptações para o controle da umidade no processo de armazenamento que implicam aumentos expressivos nos custos de produção.

O produtor que tem armazém na propriedade terá um aumento no custo da secagem e diminuição no volume de soja para vender porque o grão estará mais seco. Já o agricultor que não tem estrutura, ele vai mandar sua carga para a indústria e o desconto será maior. Segundo a CNA, aceitar essa mudança significa que o Brasil vai abrir mão de 3 milhões de toneladas, que é o cálculo estimado da perda de peso por conta da menor umidade do produto. Esse prejuízo não pode ficar com o produtor, segundo a CNA. A CNA está aberta ao diálogo e continuará defendendo a manutenção do teor de umidade da soja de 14% ou uma compensação financeira justa para o produtor rural aceitar a alteração da umidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.