01/Nov/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta terça-feira (31/10), refletindo o atraso do plantio no Brasil. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a semeadura no País atingia 40% da área estimada no dia 28 de outubro, avanço de 11,6% ante a semana anterior. Há atraso, contudo, de 7,6% em relação a igual período do ano passado, quando 47,6% da área estava semeada. Mato Grosso, São Paulo e Paraná estão à frente nos trabalhos de campo.

O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 3,25 cents (0,25%), e fechou a US$ 13,10 por bushel. Sinais de demanda pelo grão norte-americano também deram algum suporte aos preços. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram venda de 239,49 mil toneladas de soja para o México, com entrega no ano comercial 2023/2024. Novas vendas para a China também poderão ser confirmadas em breve. O mercado foi influenciado ainda pelo desempenho do farelo, que subiu cerca de 1%.

O USDA informou que 85% da safra de soja dos Estados Unidos tinha sido colhida até o dia 29 de outubro, em comparação a 87% há um ano e 78% na média de cinco anos. O atraso em relação ao ano passado é causado pelo acúmulo de neve em Estados do Norte do país. A alta foi limitada pela queda do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que caiu 1,85%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.