25/Oct/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (24/10). Os ganhos foram sustentados pelo desempenho do farelo, que subiu mais de 3%. O derivado, por sua vez, foi impulsionado pela expectativa de exportações norte-americanas recordes em 2023/2024. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que o país deve exportar 13,9 milhões de toneladas de farelo na atual temporada, superando o recorde estabelecido em 2022/2023, de cerca de 13,2 milhões de toneladas. O vencimento janeiro da soja em grão subiu 9,00 cents (0,69%), e fechou a US$ 13,14 por bushel. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte aos preços.

O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 6 milhões e 6,285 milhões de toneladas em outubro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). A alta foi limitada pelo recuo do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que caiu mais de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. A expectativa de chuvas em áreas da Região Centro-Oeste do Brasil que estão mais secas também impediu uma alta mais acentuada dos preços.

O plantio da safra brasileira de soja 2023/2024 atingia 28,4% da área estimada no País até o dia 21 de outubro, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O desempenho corresponde a um avanço de 9,4% ante uma semana atrás. Há atraso, contudo, de 5,7% em relação a igual período do ano passado, quando 34,1% da área estava semeada. Mato Grosso e São Paulo estão à frente nos trabalhos de campo, com 51,5% e 50%, respectivamente, da área cultivada, enquanto Maranhão e Rio Grande do Sul ainda não iniciaram a semeadura. O USDA informou que a colheita nos Estados Unidos está atrasada em relação ao ano passado. Os trabalhos estavam 76% concluídos no dia 22 de outubro, em comparação a 78% na data correspondente do ano passado. No entanto, continuavam adiantados em relação à média dos cinco anos anteriores, de 67%.