23/Oct/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (20/10). Traders embolsaram lucros após o mercado ter subido nas quatro sessões anteriores e acumulado valorização de 2,75% no período. O rápido avanço da colheita nos Estados Unidos também pesou sobre os contratos. Operadores estimam que os trabalhos já estejam 74% concluídos, em comparação aos 62% reportados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) até o dia 15 de outubro.

O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 13,25 cents (1,01%), e fechou a US$ 13,02 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 1,72%. A commodity também foi pressionada pela ampla oferta brasileira no mercado de exportação. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou que o Brasil deverá embarcar entre 6 milhões e 6,885 milhões de toneladas de soja em outubro. De acordo com a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), a China importou 7,15 milhões de toneladas soja em setembro, sendo 6,88 milhões de toneladas do Brasil. Em igual mês do ano passado, a China importou 5,30 milhões de toneladas de soja brasileira.

Já as importações chinesas de soja dos Estados Unidos somaram apenas 133.692 toneladas no mês passado, em comparação a 1,15 milhão de toneladas um ano antes. Além disso, a consultoria StoneX elevou em 0,3% sua previsão de colheita de soja no Brasil em 2023/2024, para um recorde de 164,1 milhões de toneladas. A estimativa de área plantada foi aumentada em 0,44%, para 45,342 milhões de hectares. A correção também foi motivada pela previsão de chuvas nesta semana em áreas de cultivo do Brasil que estão mais secas.