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23/Oct/2023

Biodiesel: projeção da demanda brasileira em 2024

De acordo com a consultoria StoneX, a demanda brasileira por biodiesel deve chegar a 8,5 milhões de metros cúbicos em 2024, volume 12,4% maior que o consumo estimado para 2023, de 7,6 milhões de metros cúbicos. A projeção considera perspectivas de crescimento do PIB e de bom desempenho da safra, além do aumento da mistura de biodiesel no diesel para 13%, previsto para abril do ano que vem. O óleo de soja é a matéria-prima com maior potencial de expansão para atender ao crescimento da demanda. Essa expansão já vem sendo observada em 2023. Enquanto em janeiro deste ano o óleo de soja correspondia a 73% da matéria-prima utilizada, em julho, esse percentual chegou a 85%.

Assim, a demanda estimada para o óleo de soja é de 7 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 23,8% em relação ao observado em 2023. Para o próximo ciclo-safra, as primeiras estimativas são de que a produção brasileira de soja alcance 169 milhões de toneladas, renovando o recorde histórico e garantindo um esmagamento próximo de 54,5 milhões de toneladas, gerando por volta de 10,9 milhões de toneladas de óleo. A StoneX também considera um segundo cenário de adiantamento da mistura de 15% de biodiesel no diesel ainda em abril de 2024, em que a demanda atingiria 9,5 milhões de metros cúbicos, com crescimento de 25,8% em relação a 2023 e uma demanda por óleo de soja de 8 milhões de toneladas.

A probabilidade de realização desse cenário é considerada baixa, mas é preciso acompanhar as notícias. Observou-se nos últimos meses membros do primeiro escalão do governo federal advogando a favor da aceleração do processo de avanço da mistura, em prol da busca de progredir na agenda de redução das emissões de gases do efeito-estufa. Na 4ª revisão da estimativa para o mercado de biodiesel em 2023, a previsão de consumo foi elevada para 7,6 milhões de metros cúbicos, 2,7% a mais que na estimativa anterior, de 7,4 milhões de metros cúbicos. Desta forma, a perspectiva é de que a demanda por óleo de soja para a produção do biocombustível se consolide em 6,1 milhões de metros cúbicos, ou 5,7 milhões de toneladas.

A projeção considera os resultados acima do esperado do diesel B e um avanço das vendas com o aumento da mistura de biodiesel no diesel para 12% em março deste ano. Neste cenário, as vendas acumuladas registradas pela Agência Natural do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) até agosto já atingem pouco mais de 4,7 milhões de m³, alta de 5,1% em relação ao mesmo período de 2021 e de 16,0% frente ao registrado em 2022. A tendência é de que a diferença continue avançando nos próximos meses, indo de encontro com o nível de crescimento projetado para o consolidado do ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.