19/Oct/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (18/10). O mercado foi influenciado em parte por sinais de demanda chinesa pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram venda de 132 mil toneladas de soja para a China, com entrega no ano comercial 2023/2024. A demanda chinesa parece estar melhorando; a questão é se isso será suficiente para fazer com que os preços de soja rompam a resistência. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 14,25 cents (1,10%), e fechou a US$ 13,11 por bushel.

Além disso, dados econômicos positivos da China melhoraram a perspectiva de demanda do país asiático e deram ânimo ao mercado. O Produto Interno Bruto (PIB) da China no terceiro trimestre cresceu 4,9% ante igual período de 2022. O resultado ficou acima da estimativa de analistas, de crescimento de 4,3%. No acumulado do ano até setembro, a economia chinesa cresceu 5,2%, acima da meta estipulada pelo governo chinês, de crescimento anual em torno de 5,0%. Atrasos no plantio no Brasil também deram algum suporte aos preços. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a semeadura atingia 19% da área estimada até o dia 14 de outubro, avanço de 8,9% ante a semana anterior.

Há atraso, contudo, de 2,5% em relação a igual período do ano passado, quando 21,5% da área estava semeada. O clima no Brasil continua quente e seco em áreas da Região Norte e muito úmido em áreas da Região Sul. Os ganhos foram limitados pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 6 milhões e 6,885 milhões de toneladas em outubro, segundo a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). A colheita nos Estados Unidos, que já superou os 60%, foi outro fator de pressão para as cotações.