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18/Oct/2023

Futuros avançam com atraso do plantio no Brasil

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (17/10), refletindo o atraso do plantio no Brasil. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a semeadura atingia 19% da área estimada no País até o dia 14 de outubro, avanço de 8,9% ante a semana anterior. Há atraso, contudo, de 2,5% em relação a igual período do ano passado, quando 21,5% da área estava semeada. Mato Grosso e São Paulo estão à frente nos trabalhos de campo, com 35,2% e 35%, respectivamente, da área cultivada.

O vencimento novembro da oleaginosa subiu 10,50 cents (0,82%), e fechou a US$ 12,96 por bushel. A AgRural informou que o ritmo dos trabalhos de campo diminuiu em vários Estados brasileiros por causa de dificuldades climáticas, especialmente as causadas por altas temperaturas e irregularidade das chuvas. Essa desaceleração pode fornecer suporte para os futuros na Bolsa de Chicago. O Brasil já esteve nesta posição antes e ainda produziu uma boa safra, mas isso abre a porta para uma colheita tardia, e ainda não é possível descartar a possibilidade de uma safra curta, afirmou a StoneX. O clima no Brasil continua quente e seco em áreas da Região Norte e muito úmido em áreas da Região Sul.

Mesmo assim, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) estimou que o Brasil deve produzir um recorde de 164,7 milhões de toneladas de soja em 2023/2024. Se confirmado, o volume será 7 milhões de toneladas, ou 4,4%, superior ao deste ano, estimado em 157,7 milhões de toneladas. Os ganhos foram limitados pelo rápido avanço da colheita nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que produtores tinham colhido 62% da safra até o dia 15 de outubro, ante 60% na data correspondente do ano passado e 52% na média dos cinco anos anteriores.