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16/Oct/2023

Farelo de Soja: produção brasileira deverá crescer

O Itaú BBA projeta que a produção de farelo de soja no Brasil pode crescer em 1,5 milhão de toneladas em relação ao projetado para 2023/2024, alcançando 44,7 milhões de toneladas. A análise leva em conta a maior disponibilidade de soja em grãos decorrente do volume previsto para a próxima safra e o aumento da capacidade esmagadora, confirmado recentemente pela Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove). O volume adicional considera um cenário otimista, onde 100% do aumento de capacidade já anunciada será destinado ao processamento somente dos grãos de soja, mantendo os níveis atuais de ociosidade e os níveis de consumo e exportação, o que traria a relação estoque/uso para 12,2%. Mesmo com o aumento das exportações do derivado, o cenário contribui para uma elevação da relação estoque/uso.

Para 2023/24, o mercado projeta a continuação do crescimento da oferta no mercado doméstico, o que deixaria o balanço ainda mais folgado. Com o avanço da indústria esmagadora, a tendência é de que a oferta de farelo de soja permaneça alta no mercado doméstico. Mesmo que o aumento da capacidade processadora não seja totalmente convertido em mais produção de farelo, o balanço nacional tende a permanecer folgado até em casos de maior incidência de ociosidade na indústria, o que pode beneficiar outras cadeias como a de proteínas animais, responsável pelo consumo do produto. O possível retorno da Argentina ao mercado internacional em 2023/2024 trará concorrência para as exportações do produto brasileiro. Mas, mesmo que a Argentina retome a liderança nas exportações globais, as vendas externas brasileiras tendem a seguir firmes.

Em um cenário de fundamentos mais baixistas ao farelo, a expansão da indústria esmagadora poderá se perpetuar em linha com o crescimento da demanda nacional para atendimento do programa de aumento de mistura do biodiesel. Neste ano, a capacidade de processamento atingiu 69,2 milhões de toneladas, volume 5,6% superior ao registrado em 2022, de 65,5 milhões de toneladas. Em 2024, as empresas do setor investirão R$ 6 bilhões na expansão e construção de novas unidades, montante bastante superior ao previsto para esse ano, de R$ 1 bilhão. Com a e expansão, a capacidade de processamento deve aumentar em cerca de 19 mil toneladas por dia, passando a 228,6 mil toneladas, o que representará um crescimento de 9% sobre a capacidade atual, de 209,6 mil toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.