11/Oct/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (10/10). Os ganhos foram sustentados em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 5,5 milhões e 7,76 milhões de toneladas em outubro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O vencimento novembro da oleaginosa subiu 7,25 cents (0,57%), e fechou a US$ 12,71 por bushel.

Dados de inspeção de exportação dos Estados Unidos também deram algum suporte aos preços. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 1,64 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 5 de outubro, aumento de 143% ante a semana anterior. Do total, 1,42 milhão de toneladas tinham como destino a China. A alta foi limitada pelo desempenho do óleo de soja, que caiu 1,30%, e pela perspectiva de uma produção volumosa no Brasil. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção em 2023/2024 deverá alcançar um pouco mais de 162 milhões de toneladas.

Se confirmado, o volume será recorde. Traders também ajustaram posições antes do relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta quinta-feira (12/10). A expectativa é de que o USDA reduza apenas levemente suas estimativas de rendimento e produção para a soja. A produtividade deverá ser reduzida de 3,37 para 3,36 toneladas por hectare, e a produção, de 112,85 milhões de toneladas para 112,47 milhões de toneladas. Tem havido muita variabilidade, mas não quebras generalizadas de safra que alguns temiam com o encerramento quente/seco da temporada de cultivo.