28/Sep/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feira (27/09). Traders ajustaram posições antes do relatório trimestral de estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta sexta-feira (29/09). De acordo com a média das estimativas de analistas, o relatório deverá mostrar que as reservas de soja em 1º de setembro de 2023 somavam 6,64 milhões de toneladas, volume inferior ao de um ano antes, de 7,46 milhões de toneladas.

O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 0,50 cent (0,04%), e fechou a US$ 13,03 por bushel. Para a soja e o milho, os números correspondem aos estoques finais da temporada 2022/2023, e é por isso que eles são tão importantes para o ajuste correto e a finalização dos balanços de 2022/2023. A possível paralisação do governo dos Estados Unidos e o efeito que isso pode ter sobre a divulgação do próximo relatório de oferta e demanda do USDA tornam os dados de estoque muito mais importantes. O desempenho do óleo de soja, que subiu quase 1%, também deu algum suporte às cotações.

O derivado, por sua vez, foi impulsionado pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Esses fatores foram contrabalançados pelo avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 6,1 milhões e 6,365 milhões de toneladas em setembro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).