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22/Sep/2023

MT quer extensão do calendário de plantio de soja

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) solicitou ao Ministério da Agricultura a extensão do calendário de semeadura da soja da safra 2023/2024 para as regiões oeste e leste do Estado. A região do Vale do Araguaia, de Barra dos Garças a Canarana, e a região de Comodoro a Cuiabá têm atraso na janela de chuvas e é preciso ajustar essa particularidade para o produtor plantar. O pedido será apresentado ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para que haja algumas mudanças no regime especial para que atenda essas regiões. Essas regiões precisarão de um prazo pouco mais dilatado para plantio, além dos 100 dias corridos previstos, talvez atingindo até 120 dias. Nesta safra, o calendário estabelecido para plantio de soja em Mato Grosso vai de 16 de setembro a 24 de dezembro (99 dias), mas produtores que apresentarem solicitação especial podem cultivar a oleaginosa desde 1º de setembro, totalizando 114 dias, conforme definido pelo Ministério da Agricultura.

A Famato argumenta que a previsão de chuvas mais tardias sobretudo nas regiões leste e oeste do Estado vai impossibilitar o cultivo por parte de produtores dentro da data estimulada, já que eles precisam da ocorrência das chuvas para garantir a umidade do solo. A entidade se reuniu, na quarta-feira (20/09) com o ministro da Agricultura para debater o assunto, entre outras questões setoriais. A alternativa talvez seja quem não conseguir plantar no prazo, poder solicitar um requerimento especial. A Famato vai apresentar ao Ministério da Agricultura um estudo do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea) sobre o zoneamento climático no Estado, incluindo a previsão de chuvas fora da janela ideal de semeadura prevista para a oleaginosa.

Este estudo vai definir o período requerido para plantio em caráter de excepcionalidade para as regiões com precipitações tardias. Mas, o produtor seguirá cumprindo todas as regras: não plantar soja sobre soja e respeitar o vazio sanitário, de 90 dias. Inicialmente, os produtores do Estado reivindicaram que o calendário de plantio na safra fosse de 140 dias para todo o Estado, como ocorreu na temporada passada. O ministério não atendeu a demanda alegando questões fitossanitárias como o risco de proliferação da ferrugem asiática. A Famato reconhece que não há necessidade de um prazo alongado para todo o Estado. Na região norte, por exemplo, da BR-163, setor mais produtivo do Estado, a maioria dos produtores encerra o plantio antes de entrar dezembro. Seria bom que estendesse para o Estado todo, mas há particularidades com as quais preciso concordar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.