21/Sep/2023

Segundo projetou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no evento "Perspectivas para a Agropecuária - safra 2023/2024”, a produção brasileira de soja na safra 2023/2024 deve alcançar novo recorde de 162,4 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 5,1% em comparação com a temporada anterior 2022/2023, que foi de 154,62 milhões de toneladas. A área plantada com a oleaginosa tende a subir 2,77%, saindo de 44,07 milhões de hectares em 2022/2023 para 45,30 milhões de hectares no ciclo atual. A produtividade média é projetada em 3.585 Kg por hectare ante 3.508 Kg por hectare do ciclo passado, aumento de 2,2%.

O incremento na área plantada é atribuído à alta liquidez da oleaginosa. No Brasil, mesmo com preços nacionais sob pressão baixista e perda de rentabilidade, a soja continua sendo uma cultura de elevada lucratividade e liquidez. A demanda importadora mundial e o uso para a produção de biocombustíveis devem continuar crescendo, gerando uma expectativa de aumento das exportações e do esmagamento. Com a maior safra esperada, o Brasil deve exportar 101,45 milhões de toneladas no ciclo 2023/2024, aumento de 4,65% em relação à safra 2022/2023, em virtude da safra recorde.

Para o esmagamento doméstico, a companhia projeta alta de 3,89% no volume consumido internamente da oleaginosa, passando de 52,81 milhões de toneladas na safra 2022/2023 para 54,86 milhões de toneladas na safra 2023/2024, puxado, especialmente, pela expectativa de aumento do percentual de biodiesel ao diesel e pela elevada exportação de óleo de soja. O estoque de passagem da safra deve somar 8,1 milhões de toneladas em 2023/2024, 37,57% superior aos 5,9 milhões de toneladas reportados no ciclo passado. Para os preços, deve haver uma queda de 27,34% na comparação com janeiro/2023 a junho/2023 com janeiro/2024 a junho/2024, pressionados pelo excedente na oferta mundial e pela safra recorde do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.