14/Sep/2023

A conectividade levou ao incremento de 3,5% na produtividade da safra de soja 2022/2023 em uma área de 3,2 mil hectares em Mato Grosso. A propriedade totalmente conectada colheu 2,35 sacas de 60 Kg de soja a mais por hectare em comparação com uma área vizinha padrão sem internet, totalizando 67,63 sacas de 60 Kg soja por hectare no último ciclo. Os resultados são da "Fazenda Conectada", projeto da Case IH em parceria com a Tim em uma propriedade em Água Boa, no Vale do Araguaia (MT). A tendência é que a produtividade da fazenda vá aumentando. De 2021/2022 para 2022/2023, a produção aumentou 18%, para 12,925 mil toneladas de soja, e a produtividade em 3,15 sacas de 60 Kg por hectare, afirmou a Case IH. A propriedade é uma espécie de “fazenda modelo” com antena 4G, telemetria em todas as máquinas agrícolas, sistema de gestão integrada com monitoramento de frota, gestão agronômica, gerenciamento de dados, uso de drones e soluções digitais, como monitoramento meteorológico.

O projeto começou em setembro de 2021 e está em seu segundo ciclo produtivo. De acordo com as empresas, os resultados foram auferidos com o uso de metodologia avalizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O município de Água Boa foi escolhido por ser 7,4% mais produtivo que a região do Vale do Araguaia, 7,6% mais produtivo que Mato Grosso e 13,4% mais produtivo que a média nacional. Além do incremento no rendimento da produção de soja, a fazenda apresentou maior eficiência operacional. Houve redução de três dias na janela de colheita de soja. As dez máquinas conectadas diminuíram o tempo de motor ocioso em 5,7% e aumentaram o tempo de trabalho em 4,2%. Outro efeito observado foi a redução de 25% no consumo de combustível em litros por hectare. Na comparação entre as safras, houve economia de 51.284 litros de combustível, equivalente a R$ 307,704 mil.

A cada 1 mil hectares, há economia de R$ 100 mil de combustível com a conexão total. Se extrapolar para a área de Mato Grosso, a economia será de R$ 1,2 bilhão, considerando toda a operação do preparo para colheita. O menor uso de combustível deve-se ao monitoramento em tempo real das máquinas e ajustes em seu percurso. A operação totalmente conectada reduziu em 10% a pegada de carbono da produção de soja no local ou 3,3 Kg de gás carbônico equivalente por tonelada de soja produzida, em virtude sobretudo do menor uso de combustível e de fertilizantes. O investimento na conectividade total da fazenda foi de R$ 1,4 milhão, incluindo a torre 4G e o retorno do investimento ocorreu no segundo ciclo produtivo. O projeto de conexão e telemetria pode ser uma realidade para qualquer outra fazenda. A Case IH planeja levar o modelo de negócio da Fazenda Conectada para outras regiões do País e para a Argentina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.