14/Sep/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quarta-feira (13/09). Os ganhos foram sustentados em parte pelo desempenho do óleo de soja, que subiu quase 3%. O derivado, por sua vez, foi impulsionado por uma menor estimativa de produção nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu sua previsão de 12,258 milhões de toneladas para 12,206 milhões de toneladas. O óleo de soja vai continuar em demanda devido às boas margens e à maior capacidade de produção de biodiesel. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 3,25 cents (0,24%), e fechou a US$ 13,49 por bushel.

A alta também refletiu o enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 6,80 milhões e 7,38 milhões de toneladas em setembro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O País exportou 7,61 milhões de toneladas em agosto e 3,59 milhões de toneladas em setembro do ano passado. Os ganhos foram limitados por estimativas de produção e rendimento nos Estados Unidos que vieram acima da expectativa do mercado.

Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA estimou a produção de soja em 112,84 milhões de toneladas, ante 114,45 milhões de toneladas previstas em agosto. A produtividade foi reduzida de 3,42 para 3,37 toneladas por hectare. Além disso, o USDA reduziu a previsão de exportações norte-americanas em 2023/2024, de 49,67 milhões de toneladas para 48,72 milhões de toneladas. O USDA manteve a previsão para a safra de soja do Brasil em 2022/2023 em 156 milhões de toneladas, mas elevou as exportações de 94 milhões de toneladas para 95 milhões de toneladas. Para 2023/2024, o USDA manteve a previsão de colheita em 163 milhões de toneladas, e aumentou a de embarques de 96,50 milhões de toneladas para 97 milhões de toneladas.