12/Sep/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (11/09). Os ganhos foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar 7,320 milhões de toneladas em setembro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O vencimento novembro da oleaginosa subiu 6,00 cents (0,44%), e fechou a US$ 13,69 por bushel.

Traders também ajustaram posições antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta terça-feira (12/09). A expectativa é de que as estimativas de produção e rendimento no país sejam reduzidas, tendo em vista o tempo quente e seco que castigou o Meio Oeste desde o relatório de agosto. De acordo com analistas, a estimativa de produção de soja deverá ser cortada de 114,45 milhões de toneladas para 112,66 milhões de toneladas. A previsão de rendimento deverá passar de 3,42 toneladas por hectare para 3,36 toneladas por hectare.

O desempenho do farelo de soja, que subiu 0,87%, também deu suporte às cotações do grão. O derivado, por sua vez, foi impulsionado por um anúncio de venda avulsa. Segundo o USDA, exportadores dos Estados Unidos relataram venda de 185 mil toneladas de farelo de soja para as Filipinas, com entrega no ano comercial 2023/2024. O USDA informou que 310.073 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos dos Estados Unidos na semana até 7 de setembro, queda de 23,8% ante a semana anterior.