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11/Sep/2023

Comercialização da safra 2022/2023 está atrasada

Segundo a Datagro, a comercialização de soja da safra 2022/2023 atingiu 80,7% da produção esperada até 1º de setembro, abaixo dos 84,2% de igual período do ano passado, dos 96,6% do recorde da safra 2019/2020 e dos 88,8% da média dos últimos cinco anos. O avanço mensal foi de 6,8%, aquém dos 7,8% registrados no mês anterior, mas acima da média normal, de 4,3%. O fluxo corroborou as expectativas, reflexo de preços mais altos, necessidade de pagamentos e, em alguns casos, com o objetivo de abrir espaço para a entrada do milho 2ª safra de 2023.

O atraso em relação à média plurianual deve-se aos preços em declínio no cômputo geral da temporada, aos custos de produção elevados, à insegurança sobre o padrão de clima em ano de La Niña e às incertezas políticas e econômicas com o início do novo governo. Considerando a manutenção da estimativa de produção em 157,07 milhões de toneladas, os produtores brasileiros negociaram, até a data analisada, 126,78 milhões de toneladas de soja.

Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava relativamente maior, mas menor em termos absolutos, chegando a 109,95 mi de toneladas. As negociações antecipadas da safra de soja 2023/2024 mostrou bom avanço até 1º de setembro, com 18,1% da expectativa de produção compromissada, salto mensal de 4%, acima dos 1,3% em semelhante época do ano passado e dos 3% da média plurianual.

Apesar do incremento e de se encontrar acima dos 16,2% compromissados em 2022, o ritmo permanece aquém dos 46,7% do recorde da safra 2020/2021 e dos 25,8% da média plurianual. Com sinalização de área maior em 2%, a 45,4 milhões de hectares, além de positivo padrão tecnológico utilizado nas lavouras e fenômeno El Niño trazendo expectativa de clima regular, a intenção de plantio para a nova safra brasileira da oleaginosa indica 163,0 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.