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06/Sep/2023

Futuros de soja recuam com dólar forte ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta terça-feira (05/09). O mercado foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e embarcou 8,573 milhões de toneladas em agosto, de acordo com dados publicados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume representa aumento de 44,2% na comparação com igual mês do ano passado. O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 4,25 cents (0,31%), e fechou a US$ 13,65 por bushel.

O recuo do farelo e do óleo de soja também pesou sobre as cotações. Os derivados foram influenciados por uma nova medida do governo da Argentina que tem como objetivo melhorar as exportações do país. Empresas agroexportadoras poderão usar 25% da receita em dólar que gerarem em setembro para comprar soja, de acordo com um decreto do governo. A expectativa é de que essas compras estimulem a atividade das esmagadoras, que estão com grande capacidade ociosa devido à estiagem que afetou a produção de soja em 2022/2023. A Argentina é um dos principais exportadores de farelo e óleo de soja.

As perdas foram limitadas por sinais de demanda pelo grão norte-americano. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram venda de 251 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2023/2024. Somente na semana passada, as vendas avulsas de soja somaram 1,138 milhão de toneladas. O USDA informou que 378.595 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos dos Estados Unidos na semana até 31 de agosto, aumento de 16,1% ante a semana anterior.