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05/Sep/2023

Projeção das exportações de soja em 2023 e 2024

Segundo a Datagro, o Brasil deve exportar 123,4 milhões de toneladas do complexo soja neste ano, aumento de 21,4% ante o ano passado, quando foram exportadas 101,7 milhões de toneladas. O volume, se confirmado, será recorde. Do total, devem ser exportadas 99 milhões de toneladas de soja em grão (+25,7%), 22 milhões de toneladas de farelo de soja (+8,1%) e 2,4 milhões de toneladas de óleo de soja (-7,6%). Uma das causas para o significativo avanço no volume total de embarques do complexo soja é a confirmação de uma produção cheia em 2023, atualmente avaliada pela consultoria em 157,0 milhões de toneladas, 20% acima das 130,6 milhões de toneladas da prejudicada safra de 2022.

Com o crescimento do volume exportado, a receita obtida com os embarques da oleaginosa deve avançar 10%, de US$ 60,7 bilhões reportados em 2022 para US$ 66,7 bilhões previstos para este ano. A receita total inclui US$ 52,5 bilhões decorrentes de vendas de soja em grão (+12,9%), US$ 11,6 bilhões da comercialização de farelo (+12,9%), e US$ 2,6 bilhões de óleo de soja (recuo de 32,9%). Essas projeções consideram preços médios mistos este ano, mas com predomínio de quedas. O complexo soja deve contribuir com 20,2% da receita total das exportações brasileiras, ante o recorde de 18,2% do ano passado e acima dos 15,6% da média de participação dos últimos dez anos, de 15,6%.

A Datagro também divulgou as suas primeiras estimativas para as exportações de soja em 2024. O volume deve aumentar 4,1%, para 128,4 milhões de toneladas do complexo, sendo 103,0 milhões de toneladas de soja (+4,0%), 23,0 milhões de toneladas de farelo de soja (+4,5%) e 2,40 milhões de toneladas de óleo de soja (estável ante a previsão de 2023). A receita dos embarques previstos para o próximo ano deve recuar 6,7% ante o estimado para este ano, para US$ 62,3 bilhões. Para a soja em grão, a receita está prevista em US$ 49,4 bilhões (-5,8%), para o farelo, US$ 10,3 bilhões (-11,2%) e, para óleo, receita de US$ 2,5 bilhões (-4,5%).

Isso por conta da expectativa de alguma retração nos preços FOB de exportação médios em todo o complexo no próximo ano. Apesar dos ganhos nos volumes, temos a estimativa de limitação nos ganhos de receita por conta da previsão de preços médios um pouco menores. Com a queda na receita, o complexo soja deve também apresentar menor participação dos embarques gerais do Brasil, de 20,2% em 2023 para 18,3% em 2024, mas, ainda assim, a segunda maior da história e superior à média dos últimos dez anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.