28/Aug/2023

Participantes da expedição anual Pro Farmer Crop Tour, que percorreu lavouras em Estados do Meio Oeste norte-americano, preveem safras menores de soja e milho em Minnesota. No Iowa, o milho também deve recuar, mas a soja pode ter produtividade maior. Em Minnesota, a contagem média de vagens de soja teve recuo de 10,6% no rendimento da região ante o mesmo período de um ano atrás, ficando em 984,39 vagens por jarda quadrada (1 jarda quadrada = 0,836 metro quadrado). Na comparação com a média dos últimos três anos, houve recuo de 8,1%. As plantações de soja em Minnesota passaram por estresse, mas não indicaram a presença de doenças ou pragas. Cor verde escura e bonita, as plantas estão bem, apenas não foram vistos os aglomerados normais de vagens, provavelmente pela primavera mais fria. Os rendimentos podem ser médios se chover, mas as previsões do tempo indicam tempo seco para as próximas semanas. Em Iowa, a média da contagem de vagens foi de 1.190,41 vagens por jarda quadrada, 1,4% maior que a de um ano atrás e superior em 0,9% ante a média dos últimos três anos.

As safras de milho e soja deste ano sofreram múltiplos golpes da “Mãe Natureza”, como a onda de calor que ainda deve pressionar as colheitas e já começa a amarelar as vagens. As plantações de soja estavam, em geral, limpas e livres de doenças. Alguns dos campos estavam mudando de cor por causa de uma combinação de estresse causado pelo calor e umidade. Também foi observada a presença de mofo-branco e da doença da morte súbita da soja (SDS), ainda em estágios iniciais. Quanto ao milho, em Minnesota, a produtividade média foi estimada em 11,38 toneladas por hectare, recuo de 4,6% ante o rendimento observado um ano atrás e de 3,4% na comparação com a média dos três últimos anos. Ainda assim, a produtividade do Estado está acima da previsão nacional. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, de 11 de agosto, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou o rendimento nacional da safra de milho em 10,99 toneladas por hectare. Os rendimentos do milho ficaram extremamente variáveis e a expedição mostrou uma safra prejudicada no sudoeste de Minnesota.

O grão parecia sólido, mas com variabilidade extrema. Para Iowa, a estimativa de rendimento ficou em 11,47 toneladas por hectare, 0,55% menor na comparação anual e 0,7% inferior ante à média dos três anos anteriores. O resultado também fica acima da média de produtividade prevista pelo USDA. As colheitas, tanto do milho quanto da soja, estão sob estresse em Iowa. Ressalta-se a seca durante a estação de crescimento e o calor extremo que atinge o Cinturão do Milho. As espigas estão começando a se curvar, sinais claros de que as plantas estão desistindo. Já foram obtidos bons rendimentos, mas estas espigas não vão acrescentar em nada no final da estação de cultivo. Problemas foliares eram predominantes no milho, com a copa inferior das folhas queimada, deixando a qualidade do colmo muito a desejar. Parte do milho era “decente”, enquanto outra era “terrível”. Felizmente, os terríveis não serão tão numerosos quanto os bons, mas há ainda uma quantidade razoável de apenas ‘bons’. Certamente, esta não é a colheita que o USDA previu. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.