15/Aug/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (14/08). Os ganhos refletiram em parte sinais de demanda externa pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 416 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2023/2024. Separadamente, o USDA informou que 297.797 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos dos Estados Unidos na semana até 10 de agosto, aumento de 4,72% ante a semana anterior.

O vencimento novembro da oleaginosa subiu 18,50 cents (1,41%), e fechou a US$ 13,26 por bushel. A alta também foi sustentada por dados de estoque nos Estados Unidos que vieram abaixo da expectativa do mercado. Em seu relatório mensal de oferta e demanda de agosto, o USDA reduziu de 8,16 milhões para 6,67 milhões de toneladas sua estimativa para reservas de soja ao fim de 2023/2024. Os números de estoque da safra nova devem ficar ainda mais apertados, o que pode dar suporte aos preços. O desempenho do farelo e do óleo de soja também influenciou os negócios.

Os derivados, por sua vez, foram impulsionados pela notícia de que o banco central da Argentina resolveu desvalorizar o peso oficial em 22%. Isso deixa os produtores argentinos com pouco incentivo para vender soja a esmagadoras, já que o peso está se desvalorizando mais rapidamente do que o mercado de soja. A Argentina é o maior exportador mundial de farelo e óleo. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, impediu uma alta mais acentuada das cotações. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja.