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10/Aug/2023

Farelo de Soja: Brasil assume liderança na exportação

Segundo a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), o Brasil assumiu a liderança mundial nos embarques de farelo de soja pela primeira vez desde a safra de 1997/1998, considerando as exportações de janeiro a julho de 2023. Enquanto os embarques do produto brasileiro avançaram 7% no ano, até aqui, com a colheita recorde, o farelo argentino apresentou recuo de 34% nas exportações com a seca histórica no país. De janeiro a julho, os embarques brasileiros foram de 13,3 milhões de toneladas, enquanto os argentinos foram de 10,9 milhões de toneladas, de acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Indec, Agência marítima Nabsa e Comex Stat. No mesmo período do ano passado, a Argentina liderava com 16,4 milhões de toneladas exportadas, ante 12,5 milhões de toneladas do Brasil.

Em 2021, a diferença era ainda maior, com 10 milhões de toneladas do País embarcadas, contra 18 milhões de toneladas da Argentina. Julho foi o mês mais fraco de toda a série histórica de comercialização de soja da Argentina (iniciada em janeiro de 2017). No mês, as compras do grão caíram 74% em comparação com julho do ano passado. No entanto, o volume de importações ajudou a amortecer parcialmente o corte brusco na produção que a colheita argentina enfrentou. Nesse sentido, com a última estimativa da Guia Estratégica para o Agro, a produção de soja 2022/2023 totalizará 20 milhões de toneladas na Argentina, uma redução superior a 52% em relação à safra anterior. Já as exportações brasileiras podem crescer ainda mais, se as condições de mercado atuais persistirem.

É esperado que o crescimento nos embarques seja ainda maior à medida que a comercialização da safra de soja brasileira avance. A colheita de soja 2022/2023 do Brasil deverá ultrapassar 163 milhões de toneladas, de acordo com a consultora StoneX, um acréscimo de mais de 30 milhões de toneladas em relação à última safra. Em relação ao óleo de soja, o volume de exportações argentinas também está abaixo do ano passado, com uma redução de 12%. Enquanto isso, o Brasil duplicou o volume acumulado de exportações em relação a dois anos atrás. Naquela época, as exportações argentinas de óleo eram mais de 400% maiores do que as brasileiras. Atualmente, a Argentina está cerca de 57% acima do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.