01/Aug/2023

Segundo o Itaú BBA, as margens agrícolas de produtores na soja devem ter leve aumento, de 35% em 2022/2023 para 36% em 2023/2024, em virtude da queda dos custos de uma safra para outra, especialmente de fertilizantes. O cálculo da margem toma como referência o sudeste de Mato Grosso e considera gastos com insumos, operação mecanizada e mão de obra. A margem, contudo, deve seguir bem abaixo dos 67% de 2021/2022. Os custos com fertilizantes para a safra 2023/2024 devem cair aproximadamente 20%, sendo o item com maior influência na redução esperada de cerca de 10% do custo operacional em relação à safra 2022/2023.

A queda projetada para os custos é maior do que a esperada para os preços, embora as cotações da oleaginosa estejam pressionadas por um balanço global mais confortável. Além de uma safra norte-americana que deve ser maior do que no ciclo anterior, a perspectiva é de recuperação da produção da Argentina e novo crescimento da safra brasileira, com aumento de área em torno de 1% e produtividade na Região Sul do País beneficiada pelo El Niño. A margem neste ano foi muito prejudicada pelo aumento dos custos, a safra 2022/2023 foi muito cara, principalmente por conta da elevação dos fertilizantes.

Deve haver uma leve melhora nas margens em 2023/2024, por conta dessa queda nos custos, principalmente com fertilizante. O custo com fertilizante caindo deve trazer o custo de produção total um pouco mais para baixo. Se confirmado esse panorama global e o cenário interno de produtividade boa, e, por consequência, um novo aumento de produção, os preços devem ficar um pouco menores para 2023/2024, mas a questão dos custos ajuda nessa melhora das margens. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.