24/Jul/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa na sexta-feira (21/07). O mercado foi pressionado em parte pelos embarques volumosos do Brasil, o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o País deve exportar 8,8 milhões de toneladas em julho. Além disso, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) elevou em 500 mil toneladas sua estimativa para a produção brasileira em 2022/2023, para 156,5 milhões de toneladas. O vencimento novembro da oleaginosa cedeu 3,00 cents (0,21%), e fechou a US$ 14,01por bushel.

Na semana passada, acumulou ganho de 2,26%. A expectativa quanto a uma possível quarta rodada do Programa de Incentivo às Exportações (PIE) na Argentina, conhecido como 'dólar agro', também pesou sobre os contratos. A medida estabeleceria um câmbio especial de 340 a 350 pesos por dólar e ficaria em vigor até 31 de agosto, para incentivar as vendas por parte de produtores e aumentar as reservas do banco central do país. As perdas foram limitadas pelo desempenho do óleo de soja, que subiu 0,61%. O derivado, por sua vez, foi impulsionado pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel.

A escalada do conflito no Mar Negro, que pode afetar as exportações ucranianas de óleo de girassol, também deu suporte aos preços do óleo de soja. A previsão de clima quente e seco no Meio Oeste dos Estados Unidos também impediu uma queda mais acentuada da soja em grão. Segundo a meteorologia, as temperaturas vão subir nesta semana, principalmente nas áreas do oeste da região. As lavouras não podem suportar um período prolongado de tempo quente e seco sem que haja algum impacto sobre a produtividade. As condições menos favoráveis da desta semana poderão persistir até agosto, o mês mais importante para a definição dos rendimentos da soja.