21/Jul/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta quinta-feira (20/07). Investidores embolsaram lucros após o mercado ter subido nas cinco sessões anteriores e acumulado ganho de 6% no período. O mercado também foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 4,00 cents (0,28%), e fechou a US$ 14,04 por bushel. As perdas foram limitadas pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 1,5%.

O derivado, por sua vez, foi influenciado pelo fim do acordo de exportação de grãos do Mar Negro e por ataques russos a portos na região, fatores que devem afetar os embarques ucranianos de óleo de girassol. Essa expectativa já vem se refletindo nos preços do óleo de palma, que atingiram nesta quinta-feira (20/07) o maior nível em quatro meses. A previsão de tempo quente e seco no Meio Oeste dos Estados Unidos também impediu uma queda mais acentuada dos preços. Segundo a meteorologia, as temperaturas vão subir na próxima semana, principalmente nas áreas do oeste da região. As lavouras não podem suportar um período prolongado de tempo quente e seco sem que haja algum impacto sobre a produtividade.

As condições menos favoráveis da próxima semana poderão persistir até agosto, o mês mais importante para a definição dos rendimentos da soja. Dados de vendas externas dos Estados Unidos vieram mais próximos do teto das estimativas do mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 127 mil toneladas de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 13 de julho. O volume representa aumento de 58% ante a semana anterior, mas queda de 43% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para 2023/2024, foram vendidas 760,3 mil toneladas. A China comprou 143 mil toneladas do volume total, de 887,3 mil toneladas.