05/Jul/2023

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o cenário em Mato Grosso para a safra 2023/2024 é de desaceleração da conversão de áreas de pastagens para cultivo de soja. Ao longo das últimas quatro safras, a área cresceu, com produtor muito estimulado, fazendo investimentos. O ápice da conversão foi alcançado na safra 2021/2022, quando ano contra ano foram quase 1 milhão de hectares expandidos sobre pastagem em Mato Grosso.

Para a temporada 2022/23, isso já foi mais leve porque os custos começaram a subir e, para a próxima temporada, haverá uma desaceleração maior ainda. O produtor está cauteloso na comercialização antecipada da safra 2023/2024 porque o preço da soja continuou caindo mesmo após o período de maior pressão da colheita. Há muita cautela na hora de comercializar, tentando pressionar onde consegue, que é no pacote de insumos. O desafio da temporada para o produtor de soja é reduzir custo sem deixar de elevar produtividade.

Com a colheita de milho alcançando em torno de 40% neste momento, 60% do milho 2ª safra de 2023 produzido no Estado ainda precisa sair das lavouras e chegar nos armazéns enquanto resta 25% da soja está estocada. Para a safra 2023/2024, os preços atuais do milho não cobrem os insumos e as despesas para compor a lavoura, e a perspectiva é de que produtor reduza uso de tecnologia e deixe de cultivar áreas marginais. O cenário é ruim para a soja e muito pior para o milho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.