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04/Jul/2023

Futuros avançam com a redução de área nos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (03/07), impulsionados pela redução da previsão de área plantada para a oleaginosa dos Estados Unidos, segundo informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em relatório divulgado no dia 30 de junho. Também houve movimento de ajuste de posições nos contratos antes do feriado desta terça-feira (04/07), em virtude do Dia da Independência dos Estados Unidos. O vencimento novembro do grão, o mais líquido, avançou 10,50 cents (0,78%) e fechou a US$ 13,53 por bushel. Segundo o USDA, a área de soja plantada nos Estados Unidos foi de 33,79 milhões de hectares ante 35,41 milhões de hectares estimados em março.

Para a consultoria Céleres, a produtividade estimada pelo USDA para a safra, em 3,5 toneladas por hectare, não reflete o nível de qualidade nas lavouras atuais e a expectativa é de algum ajuste negativo do potencial produtivo nas próximas publicações, acompanhando as evidências de seca no cinturão. A depender da continuidade e intensidade das secas, o cenário pode até sustentar valorizações maiores nas cotações da soja. As chuvas da semana passada, incluindo as do fim de semana, aliviaram as condições de seca em grande parte do Meio Oeste e das Grandes Planícies dos Estados Unidos. No entanto, há possibilidade de que as precipitações tenham causado danos às colheitas devido ao vento e às tempestades de granizo.

O passar dos dias vai indicar se esses eventos foram o prelúdio de uma mudança no padrão meteorológico, para um clima mais úmido, ou se somaram perdas nas safras ao já precário estado das plantas. Os preços também podem ter sido impulsionados pelo aumento na procura pelo grão dos Estados Unidos. Segundo o USDA, em relatório semanal de inspeção dos embarques de grãos do país, 250.055 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 29 de junho, alta de 71,26% ante a semana anterior (quando havia registrado 146.006 toneladas). Do total, apenas 465 toneladas tinham como destino a China.

Outro fator altista para a oleaginosa pode ter sido desempenho do óleo de soja, cujo vencimento dezembro/2023, o mais líquido, terminou a sessão em alta de mais de 2%. Segundo a Bolsa de Comércio de Rosário, a seca histórica que dizimou a produção argentina da safra 2022/2023 já se reflete no esmagamento da soja. Foi registrado o menor nível de processamento da oleaginosa dos últimos 15 anos, somando 6,37 milhões de toneladas nos dois primeiros meses do atual ciclo. A Argentina é um dos maiores produtores globais de óleo e farelo de soja.