04/Jul/2023

Segundo a Céleres, a produtividade estimada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra norte-americana, em 3,5 toneladas por hectare, não reflete o nível de qualidade nas lavouras atuais e a expectativa é de algum ajuste negativo do potencial produtivo nas próximas publicações, acompanhando as evidências de seca no cinturão. Se confirmado, o eventual ajuste de produção nos Estados Unidos poderá frear as quedas nos preços globais da oleaginosa observadas até maio. A depender da continuidade e intensidade das secas, o cenário pode até sustentar valorizações maiores nas cotações.

Historicamente, há correlação entre potencial da safra nos Estados Unidos e evolução de preços no segundo semestre no Brasil, principalmente em anos de problema na safra norte-americana. Em seis das últimas onze safras, houve piora nas condições nos Estados Unidos e elevação nos preços internos de soja. As incertezas sobre o potencial produtivo já afetam as cotações no Brasil. A soja no porto teve valorização média de 6,8% no mês de junho, mas isso pode não se sustentar. Além disso, fatores como valorização do câmbio e elevação no custo logístico em função da colheita de milho verão devem manter preços internos pressionados no decorrer de 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.