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03/Jul/2023

Argentina: esmagamento é o menor em quinze anos

De acordo com a Bolsa de Rosário, a seca histórica que dizimou a produção argentina da safra 2022/2023 já se reflete no esmagamento da soja nos dois primeiros meses do atual ciclo. Trata-se do menor nível de processamento da oleaginosa em igual período dos últimos 15 anos, somando 6,37 milhões de toneladas. Nem mesmo o volume recorde de importações de soja nos dois primeiros meses do ciclo, de 2,6 milhões de toneladas, praticamente o dobro ante 2020/2021, foi o suficiente para suprir o déficit. O volume processado só não é menor do que o da safra 2007/2008, quando a Argentina teve o seu fluxo normal de comercialização de grãos alterado pela Resolução 125/2008, que estabeleceu na época um sistema de retenção à exportação de produtos agrícolas do país. A Argentina é um dos maiores produtores globais de óleo e farelo de soja.

Mesmo com o impulso do terceiro Programa de Incentivo às Exportações e o recorde de importações temporárias de soja, a atividade da principal indústria exportadora do país no primeiro bimestre do ciclo já está abaixo de outros anos de estiagem severa, como 2017/2018 e 2008/2009. A Bolsa de Rosário vê tal volume como uma perspectiva complexa para o futuro. No entanto, ainda que o fraco desempenho do complexo soja faz parte de um contexto global de queda dos preços dos grãos, com milho e soja tendo atingido preço mínimo desde outubro e dezembro de 2021, respectivamente, na Bolsa de Chicago, na última semana de junho. A falta de umidade vem afetando as lavouras e, em meados de junho, os preços dispararam para o nível mais alto desde abril deste ano, mas as previsões de chuva para esta semana trouxeram calmaria, reforçando as perspectivas de produção e gerando vendas massivas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.