30/Jun/2023

A Datagro Grãos reduziu a sua previsão de produção de soja da América do Sul na safra 2022/2023 para 190,46 milhões de toneladas ante 193,52 milhões de toneladas da projeção de março. Apesar da revisão, o resultado ainda está 3% acima das 185,60 milhões de toneladas colhidas no ciclo 2021/2022. A previsão de área semeada com a oleaginosa ficou em 66,54 milhões de hectares, 3,2% superior à safra anterior. Porém, as severas perdas devido à escassez de chuvas fizeram com que a área efetivamente colhida fosse reduzida para 63,69 milhões de hectares, levemente aquém dos 64,50 milhões de hectares da temporada 2021/2022.

As principais reduções foram observadas na Argentina (2,50 milhões de hectares), Uruguai (300 mil hectares) e Bolívia (50 mil hectares). Para o Brasil, maior produtor global da oleaginosa, a previsão é de 155,91 milhões de toneladas no ciclo, avanço de 12% sobre o recorde de 138,82 milhões de toneladas registrado na safra 2020/2021. Este é o 16º ano consecutivo de ampliação na área brasileira do grão, passando de 42,16 milhões de hectares para 44,40 milhões de hectares. Para a Argentina a área ficou em apenas 16 milhões de hectares, terceiro ano seguido de recuo, com baixa de 1% ante 2021/2022. A produção é avaliada em 21,5 milhões de toneladas, 50% inferior à safra 2021/2022 e 57% abaixo da estimativa inicial. O pior resultado do país desde o ciclo 1999/2000.

Quanto ao Paraguai, a produção deve ser de 9,10 milhões de toneladas na soma das safras de verão e de inverno, com 3,45 milhões de hectares cultivados, ante o recorde de 3,76 milhões de hectares de 2021/2022. Para a Bolívia, o levantamento indica que a colheita atingirá 3,14 milhões de toneladas, 26% abaixo da safra 2021/2022. Para o Uruguai, em virtude do clima irregular, o potencial produtivo está previsto em 800 mil toneladas, 77% aquém da projeção inicial, de 3,430 milhões de toneladas e 75% abaixo de 2021/2022. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.