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29/Jun/2023

Futuros de soja recuam com clima úmido nos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa expressiva nesta quarta-feira (28/06), pressionados pela perspectiva de chuvas no Cinturão do Milho dos Estados Unidos. O vencimento novembro do grão, o mais líquido, recuou 29,25 cents (2,26%) e fechou a US$ 12,65 por bushel. As chuvas alcançaram os cultivos dos estados da Dakota do Norte e do Sul e do norte do Nebraska. Mapas estendidos continuam mostrando precipitação acima do normal para as Planícies e Meio Oeste até meados de julho.

Também chove nos estados de Minnesota, Iowa e Missouri, aliviando áreas que precisam de umidade para reverter as condições de seca. Traders do mercado devem analisar, nas próximas semanas, se as chuvas provocarão ajustes nos relatórios de progresso da safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Espera-se que a classificação da condição da safra mostre outra queda no relatório da próxima semana e, em seguida, que as chuvas estabilizem a safra. O USDA informou que 51% da safra tinha condição boa ou excelente até o dia 25 de junho, queda de 3% ante a semana anterior. Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 65%.

Outro fator baixista para a oleaginosa é a perspectiva de safra recorde no Brasil. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) aumentou as projeções para a safra 2022/2023 de soja em grão. O resultado passou de 155 milhões de toneladas, esperadas em maio, para 156 milhões de toneladas. O dólar em alta ante o Real também pode ter sido um fator de pressão para as cotações, visto que torna as exportações mais atraentes para os produtores do Brasil, podendo influenciar em aumento momentâneo na oferta global do grão. O País é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de soja.