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28/Jun/2023

Futuros recuam com a previsão de chuvas nos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa expressiva nesta terça-feira (27/06). Os preços foram pressionados pela previsão de chuva nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos na primeira quinzena de julho, após um período de estiagem que vem piorando exponencialmente a qualidade das lavouras do país. O vencimento novembro do grão, o mais líquido, recuou 28,75 cents (2,17%) e fechou a US$ 12,94 por bushel. Investidores aguardam atualizações do relatório de área plantada do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será publicado na sexta-feira (30/06). Analistas preveem mudanças mínimas nas perspectivas. Para a área da soja, a expectativa é de um leve aumento para 35,47 milhões de hectares, acima dos 35,41 milhões de hectares previstos.

Em contrapartida, deve haver uma queda geral nos estoques, com a soja liderando a baixa, caindo ao máximo em 4,35 milhões de toneladas. Outro fator baixista é a safra recorde do Brasil. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) aumentou as projeções para a safra 2022/2023 de soja em grão. O resultado passou de 155 milhões de toneladas, esperadas em maio, para 156 milhões de toneladas. O aumento é fruto da reavaliação positiva das empresas associadas à entidade quanto à produtividade. O processamento da soja também cresce no período, das 53 milhões de toneladas observadas na última projeção para 53,2 milhões de toneladas. De acordo com dados amostrais dos quatro primeiros meses deste ano, o esmagamento corrigido pelo percentual amostral foi de cerca de 16,6 milhões de toneladas, 3,5% superior ao registrado no mesmo período de 2022 (16,1 milhões de toneladas).

A desvalorização também pode ser justificada por uma menor demanda pela oleaginosa dos Estados Unidos. O USDA informou que 141.158 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 22 de junho, queda de 21,38% ante a semana anterior (quando havia registrado 179.548 toneladas). Do total, apenas 3.160 toneladas tinham como destino a China. No entanto, as perdas podem ter sido contidas por uma nova piora na qualidade das lavouras. O USDA informou, em seu relatório de acompanhamento de safra, após o fechamento do mercado, que 51% da soja do país tinha condição boa ou excelente até o dia 25 de junho, queda de 3% ante a semana anterior. Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 65%. De acordo com o relatório, 96% da safra tinha emergido, em comparação a 90% um ano antes e 89% na média dos cinco anos. Além disso, 7% da safra tinha florescido, ante 6% no ano passado e 9% na média.