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27/Jun/2023

Futuros de soja em alta acompanhando o derivado

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (26/06). Os preços foram impulsionados pelo desempenho do óleo de soja, pelo clima desfavorável em regiões produtoras dos Estados Unidos e pela expectativa em relação ao relatório de acompanhamento de safra que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publica nesta segunda-feira (26/06), após o fechamento do mercado, no qual traders esperam ver uma nova deterioração nas condições das lavouras.

O vencimento novembro do grão, o mais líquido, avançou 13,00 cents (0,99%) e fechou a US$ 13,23 por bushel. Relatórios indicam que a demanda de biocombustíveis por óleo de soja é muito forte, apesar das medidas da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), e está impulsionando a demanda doméstica por soja. Os contratos futuros do derivado tiveram tendência de alta em junho, depois de cair durante a maior parte do ano, na expectativa pela decisão da EPA sobre o teor de mistura de biocombustíveis.

No entanto, agricultores e representantes do setor receberam com decepção a medida, que estabeleceu volumes obrigatórios para biocombustíveis nos próximos anos abaixo do esperado. Outro fator altista para a soja são as chuvas abaixo do esperado em regiões produtoras dos Estados Unidos. Apesar da expectativa de que o fim de semana fosse úmido, não houve umidade significativa em áreas-chave para a produção dos Estados Unidos. Nas duas últimas semanas, os relatórios de acompanhamento de safra do USDA revelaram sucessivas quedas na qualidade das lavouras norte-americanas de soja.

Na semana passada, 54% das lavouras da oleaginosa se encontravam em condição boa ou excelente, 5% abaixo da semana anterior (e abaixo dos 68% da data correspondente de 2022). Uma semana antes, esse percentual era de 59% e, na anterior, de 62%. Em contrapartida, os ganhos podem ter sido contidos por uma menor demanda pelo produto norte-americano. Segundo o USDA, 141.158 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 22 de junho, queda de 21,38% ante a semana anterior (quando havia registrado 179.548 toneladas). Do total, apenas 3.160 toneladas tinham como destino a China.