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26/Jun/2023

Futuros de soja caem com correção e recuo do farelo

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta sexta-feira (23/06), dando continuidade ao movimento de correção iniciado na quinta-feira (2/06), após altas expressivas nas sessões anteriores. As cotações também foram pressionadas pela queda do farelo de soja. O vencimento novembro do grão recuou 29,50 cents (2,20%) e fechou a US$ 13,10 por bushel. A perspectiva de chuvas no norte do cinturão agrícola dos Estados Unidos nos próximos cinco a sete dias reduz ao menos temporariamente o temor de uma menor oferta global de soja e pressiona os futuros do grão.

Desde o início de junho até o dia 21, o contrato novembro havia acumulado ganhos de 20% sustentados pelo clima seco na região. A previsão meteorológica é de mais umidade para o noroeste do Cinturão do Milho e para a metade leste das Planícies do Norte de 1º a 3 de julho. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 457,5 mil toneladas de soja da safra 2022/2023 na semana, queda de 4% ante a semana anterior, mas aumento de 98% em relação à média das quatro semanas anteriores.

Para a safra 2023/2024, foram registradas vendas de 168,8 mil toneladas. A soma das vendas é de 626,3 mil toneladas. Para a China, foram vendidas 57,6 mil toneladas ao todo. Os futuros do grão também foram pressionados pela desvalorização do farelo de soja, que reagiu à menor demanda externa pelo derivado. Exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 135,3 mil toneladas do derivado da safra 2022/2023 na semana encerrada em 15 de junho, 35% menos do que na semana anterior e 52% abaixo da média das quatro semanas anteriores. Para 2023/2024, foram vendidas 11,1 mil toneladas. As vendas líquidas, de 146,4 mil toneladas, ficaram abaixo das estimativas de analistas.

Quanto ao óleo de soja, o banco alemão Commerzbank comentou que os resultados divulgados na semana passada pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) sobre o teor de mistura de biocombustíveis aos fósseis foram recebidos com decepção pelos agricultores norte-americanos. Os preços dos créditos de combustível renovável dos Estados Unidos (RINs) caíram 8% em resposta às previsões da EPA, enquanto o óleo de soja chegou a recuar 400 pontos por libra-peso. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas do biodiesel.