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23/Jun/2023

Futuros de soja recuam com realização de lucros

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (22/06), reagindo a um movimento de realização de lucros após altas consecutivas. Do início de julho até o dia 21 de junho, o contrato novembro da oleaginosa acumulou valorização de mais de 20%. As cotações do grão também foram influenciadas por perdas dos seus derivados durante a sessão. O vencimento novembro perdeu 37,50 cents (2,72%) e fechou a US$ 13,39 por bushel. Além do movimento de correção técnica, também influenciou o mercado a previsão de aumento da umidade nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos, que pode aliviar o estresse causado pelo clima seco. A previsão meteorológica é de mais umidade para o noroeste do Cinturão do Milho e para a metade leste das Planícies do Norte de 1º a 3 de julho.

Se a expectativa de umidade for confirmada, haveria alívio no período de seca em Iowa, sul de Minnesota, norte de Illinois e Wisconsin. A desvalorização dos derivados do grão, farelo e óleo de soja, durante o pregão, foi outro fator que orientou os negócios. O óleo começou a recuar na quarta-feira (21/06), após os mandatos norte-americanos de mistura de biocombustíveis a combustíveis fósseis, propostos pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), decepcionarem a indústria de biodiesel. A agência anunciou redução nas metas gerais de mistura para 2024 e 2025 e aumento para 2023, ante os níveis propostos em dezembro de 2022. Mas, para o biodiesel, especificamente, a EPA manteve a definição do mandato estimada em dezembro para 2023. A expectativa do mercado era de elevação do volume obrigatório. O óleo de soja é principal matéria-prima para produção do biodiesel.

Nesta quinta-feira (22/06), após passar por queda expressiva, o contrato dezembro do óleo de soja se recuperou e terminou em leve alta de 10 pontos (0,19%), a 53,76 centavos de dólar por libra-peso. O vencimento dezembro do farelo de soja registrou perda de US$ 16,60 (3,84%), fechando a US$ 416,00 por tonelada. O mercado também monitora problemas com o baixo nível no Canal do Panamá, que pode afetar a movimentação de grandes navios que transportam grãos dos Estados Unidos, segundo reportado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta quinta-feira (22/06) em relatório de transporte de grãos. O Panamá está passando por sua pior seca em mais de um século. Essa restrição afetará os maiores navios graneleiros que transportam grãos originários dos Estados Unidos.