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23/Jun/2023

Petrobras Biocombustível está elevando as vendas

A decisão de suspender a privatização da Petrobras Biocombustível (PBio) já está dando retorno para a Petrobras. A empresa, que chegou a entrar na fase vinculante de negociação no governo Bolsonaro, registrou aumento de 35,3% na venda de biodiesel para os meses de julho e agosto. O salto aconteceu por conta do aumento do mandato do produto que é misturado ao diesel e à estratégia comercial adotada pela estatal. Mesmo antes de tomar posse, o atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia deixado claro que não pretendia se desfazer da empresa de biodiesel, fundada em 2008 pela gestão petista, e a Pbio seria um dos pilares da descarbonização da estatal. Em 2016, o governo de Michel Temer colocou uma das três unidades da companhia em hibernação (Usina de Quixadá/CE). Em 2020, o governo Bolsonaro colocou a PBio à venda, mas não conseguiu se desfazer do ativo até o fim do mandato.

A PBio teve resultados acima da expectativa para a comercialização neste quarto bimestre de 2023. O aumento do mandato do biodiesel de 10% para 12%, a obtenção do benefício fiscal na Bahia e a alta qualidade dos nossos produtos em relação aos concorrentes ajudam a explicar esse melhor resultado. Uma das duas unidades em operação, a Usina de Candeias (UBC), conseguiu fechar novas comercializações após seis meses sem atividades. Com a etapa de comercialização já concluída, a UBC já está mobilizada para o retorno das operações, com previsão de expedição de biodiesel a partir de 1º de julho de 2023, para atender os novos contratos. Além disso, as negociações do quarto bimestre de 2023 resultaram no segundo maior prêmio já negociado para a Usina de Candeias desde o início do modelo de comercialização direta, iniciado em janeiro de 2022.

Com isso, a perspectiva é de margem de contribuição positiva pela primeira vez no ano. Pela Usina de Montes Claros (UBMC), em Minas Gerais, houve comercialização de biodiesel com blend médio esperado de 90% de gorduras animais, matéria-prima cada vez mais almejada em alguns mercados, principalmente Europa e Estados Unidos. Isso coloca a UBMC em patamar de utilização de gorduras muito acima da média nacional e, somado à recente certificação ISCC (International Sustainability & Carbon Certification), abrirá perspectivas de novos mercados ao biodiesel da Petrobras Biocombustível observando critérios de sustentabilidade, como redução de emissões de gases de efeito estufa e utilização de resíduos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.