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22/Jun/2023

Futuros de soja em alta com piora na safra dos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (21/06), sob influência dos dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que mostraram piora nas condições das lavouras do país. O vencimento novembro ganhou 34,25 cents (2,55%) e fechou a US$ 13,77 por bushel. Em relatório semanal de acompanhamento de safra, o USDA informou na terça-feira (20/06) que 54% da safra tinha condição boa ou excelente até o dia 18 de junho, queda de 5% ante a semana anterior. Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 68%. Em Illinois e Iowa, os dois principais Estados produtores, a parcela em condição boa ou excelente era de 33% e 56%, respectivamente, ante 47% e 66% na semana anterior. 92% da safra tinha emergido, em comparação a 81% um ano antes e na média dos cinco anos.

Analistas de empresas privadas esperavam que 57% da safra estivesse em condição boa ou excelente. Os ganhos foram limitados pelas perdas do óleo de soja, cujo contrato futuro com vencimento em dezembro perdeu 400 pontos (6,94%) e fechou em 53,66 centavos de dólar por libra-peso. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) reduziu as metas gerais de mistura de biocombustíveis aos combustíveis fósseis para 2024 e 2025 e aumentou para 2023, ante os níveis propostos em dezembro de 2022. Sobre o biodiesel, no entanto, a EPA manteve a definição do mandato que havia sido estimada para 2023. A expectativa do mercado era de que a agência elevasse o volume obrigatório de biodiesel que deve ser misturado a combustíveis fósseis. O óleo de soja é matéria-prima para produção do biodiesel.

A associação de representantes do setor de biocombustíveis Clean Fuels Alliance America considerou os objetivos da EPA "muito modestos" e a Associação de Combustíveis Renováveis dos Estados Unidos (RFA) afirmou que as propostas anunciadas "marcam um infeliz retrocesso". O volume de biodiesel foi estabelecido em 2,82 bilhões de galões (10,67 bilhões de litros) em 2023, 3,04 bilhões de galões (11,51 bilhões de litros) em 2024 e 3,35 bilhões de galões (12,68 bilhões de litros) em 2025. A Associação Nacional de Processadores de Oleaginosas (Nopa) afirmou estar desapontada com os volumes abaixo do esperado, que não refletem os investimentos significativos que os membros do estão fazendo. A indústria de processamento tem de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões em novos investimentos anunciados desde 2021.