21/Jun/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em direções distintas nesta segunda-feira (20/06), na volta do feriado prolongado nos Estados Unidos na segunda-feira (19/06). O mercado pode ter sido impulsionado pelo clima predominantemente seco no Meio Oeste dos Estados Unidos, fator desfavorável para a produção da oleaginosa. O vencimento novembro ganhou 0,50 cents (0,04%), e fechou a US$ 13,42 por bushel.

Em contrapartida, a ausência de dados do relatório de inspeção dos embarques de grãos dos Estados Unidos na semana encerrada no dia 15 de junho pode ter impedido uma alta mais acentuada. A publicação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não aconteceu até o momento do fechamento do mercado em função de dificuldades técnicas com a coleta de dados. O recuo do óleo de soja também pode ter limitado a alta da oleaginosa. O derivado, por sua vez, foi influenciado pela queda expressiva do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

O mercado do derivado aguarda a divulgação dos volumes obrigatórios de mistura de biocombustíveis nos Estados Unidos pela Agência de Proteção Ambiental do país (EPA), que deve ocorrer nesta quarta-feira (21/06). A expectativa do mercado é de que a agência eleve o volume obrigatório de biodiesel que deve ser misturado a combustíveis fósseis. Segundo a Peak Trading Research, a recuperação do óleo de soja nos últimos meses dá sinais de que o setor acredita que os esforços de lobby para o aumento da mistura foram bem-sucedidos.