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07/Jun/2023

Armazenar a soja pode não ser a melhor estratégia

Levantamento da consultoria Céleres indica que, na média, produtores rurais que mantêm soja armazenada buscando melhores oportunidades de venda no futuro não obtêm um lucro econômico. Nas últimas 22 safras analisadas, o produtor alcança resultado positivo no armazenamento da soja em 9 safras e negativo em 13 delas. Para fazer essa análise, foi avaliada a taxa Selic praticada pelo Banco Central nos últimos 22 anos, um custo de armazenamento por saca de 60 Kg, e o preço da soja praticado em Rondonópolis (MT) durante os respectivos anos de comercialização.

As 9 safras que se mostraram positivas para o produtor que optou pelo armazenamento da soja apresentaram características em comum. A primeira é uma intensa alta no preço da oleaginosa e/ou queda da taxa de juros. O fato de que o produtor precisa contar com uma alta de cerca de 30% no preço do grão e reduções na taxa de juros evidencia que a estratégia não deve ser seguida em toda safra e fatores como produtividade mundial e estoques devem ser observadas a todo instante para definir se a estratégia deverá ser adotada ou não, uma vez que todas essas variáveis influenciam no preço final do produto.

Mesmo com a quebra da safra da Argentina em 2023, o Brasil alcançou uma colheita recorde e a perspectiva é de que os Estados Unidos também tenham produção recorde. Todas essas expectativas levam a um cenário em que não haverá valorização da soja, mas sim um equilíbrio nos níveis atuais ou até, eventualmente, uma queda. Apesar da expectativa de queda na taxa Selic do Brasil, o que se espera é que a estratégia de retenção de grãos não traga um lucro para o produtor durante este ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.