02/Jun/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (1º/06). O mercado foi impulsionado por um movimento de cobertura de posições vendidas, após os preços terem acumulado perda de 8,4% em maio e ficado abaixo de US$ 13,00 por bushel pela primeira vez desde dezembro de 2021. Traders estão voltando suas atenções para o clima no Meio Oeste dos Estados Unidos, o que também incentiva a recompra de posições.

A previsão não é de muita chuva para os próximos dez dias, embora haja algumas chances menores de pancadas a cada dois dias. O vencimento julho da oleaginosa subiu 29,75 cents (2,29%), e fechou a US$ 13,29 por bushel. Segundo o Monitor da Seca dos Estados Unidos, áreas com nível extremo e excepcional de estiagem estão aumentando. O centro do estado de Missouri tem uma área com nível extremo de seca, assim como a divisa entre Iowa e Nebraska. Investidores temem que essas condições piorem com a chegada do El Niño. As preocupações com o clima nas áreas centrais do Canadá e dos Estados Unidos estão aumentando.

Os ganhos também foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real e pelo desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 3%. O recuo da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações do Brasil, o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Já o óleo de soja foi impulsionado pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O derivado é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.