31/Mai/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa expressiva nesta terça-feira (30/05). O mercado foi pressionado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 5%. O derivado, por sua vez, foi influenciado pela forte queda do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

O vencimento julho da oleaginosa recuou 40,75 cents (3,05%), e fechou a US$ 12,96 por bushel. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras, foi outro fator baixista para as cotações. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. A fraca demanda chinesa pelo grão norte-americano também pesou sobre os contratos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 239.736 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos do país na semana encerrada em 25 de maio, aumento de 43,9% ante a semana anterior.

No entanto, apenas 1.861 toneladas tinham como destino a China. Além disso, a S&P Global Commodity Insights disse que a demanda de esmagadoras chinesas para cobrir as necessidades do terceiro trimestre deve se desacelerar, já que os preços de farelo na China estão em queda e reduzindo as margens de esmagamento. Os preços caíram apesar do clima predominantemente seco no Meio Oeste dos Estados Unidos. Segundo a meteorologia, a previsão para esta semana é de temperaturas acima do normal e chances limitadas de chuvas.