25/Mai/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago devolveram ganhos iniciais e fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feira (24/05). O mercado foi influenciado em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar 15,9 milhões de toneladas em maio, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

O vencimento julho da oleaginosa ganhou 2,00 cents (0,15%), e fechou a US$ 13,24 por bushel. O desempenho do óleo de soja, que subiu 0,50%, deu algum suporte aos preços. O derivado, por sua vez, acompanhou o avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. A perspectiva de clima seco no Meio Oeste dos Estados Unidos nas próximas semanas também influenciou os negócios, embora isso deva afetar mais o milho do que a soja.

Esses fatores foram contrabalançados pelas incertezas quanto à capacidade do governo dos Estados Unidos e da oposição republicana de chegarem a um acordo sobre o teto da dívida federal. O impasse do teto da dívida leva a preocupações com a economia norte-americana e a uma reação baixista dos mercados financeiros. Traders também estão buscando reduzir riscos antes do fim de semana prolongado nos Estados Unidos. Na segunda-feira (29/05), os mercados do país permanecem fechados por causa do feriado de Memorial Day.