18/Mai/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (17/05). Com a expectativa de oferta mundial abundante, demanda enfraquecida e clima favorável no Meio Oeste dos Estados Unidos, traders estão removendo o prêmio de risco das cotações. Em seu relatório de oferta e demanda publicado no dia 12 de maio, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a produção global em 410,59 milhões de toneladas em 2023/2024, um aumento de 40,2 milhões de toneladas ante 2022/2023.

O USDA espera que os Estados Unidos produzam 122,74 milhões de toneladas e o Brasil, 163 milhões de toneladas. Além disso, a expectativa é de que as condições na Argentina melhorem e o país produza 48 milhões de toneladas em 2023/2024, ante 27 milhões em 2022/2023. O vencimento julho da oleaginosa perdeu 27,00 cents (1,98%), e fechou a US$ 13,37 por bushel. Preocupações com a desaceleração da demanda também pesaram sobre os contratos. Dados de vendas no varejo e produção industrial na China vieram abaixo do esperado, levantando dúvidas sobre a recuperação da demanda chinesa.

No momento, há uma total ausência de notícias altistas para o milho e a soja e os compradores sabem disso, então estão retraídos. O plantio nos Estados Unidos está bastante adiantado em relação aos últimos anos e o clima no Meio Oeste tem sido favorável ao início do desenvolvimento das lavouras. Porém, embora o clima venha cooperando, ainda existem riscos mais à frente. O clima, apesar de melhor do que nos últimos três anos, está longe de ser perfeito.